Bibliotecas Comunitárias como espaços de acolhimento às primeiras infâncias Amazônicas.
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Em 2021, a Vaga Lume buscou aprofundar sua metodologia voltada para a leitura na primeira infância – período em que o cérebro mais precisa de mais estímulos, uma vez que 90% das conexões cerebrais são estabelecidas até os 6 anos (UNICEF, 2006). O projeto foi uma parceria com o Criança Esperança, que tem como objetivo fortalecer os pilares da metodologia da Vaga Lume: Livro, mediador, gestão comunitária, cultura local e intercâmbio cultural com enfoque à primeira infância, sendo fator chave para o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança.

Os encontros aconteceram de forma online foram mediados por Danila Guedes, Lohana Gomes e Márcia Licá, educadoras da Vaga Lume e contou com a participação da formadora especialista no tema, Márcia Wada. O Projeto aconteceu, inicialmente, em cinco comunidades, São Pedro, Castanhal- PA, Menino Deus, Portel, PA, Sobradinho, Barreirinhas- MA, Corre Água- Macapá- AP e Santo Isidoro, Tefé- AM. Foram formados o total de 86 participantes, professores, comunitários e jovens das comunidades.

Os diálogos com as comunidades tiveram o propósito principal de incentivar a compreensão e prática de leitura literária na primeira infância, como viés cultural, buscando ampliar o olhar de toda comunidade para o desenvolvimento global das crianças e bebês considerando as bibliotecas comunitárias como espaços potencializadores desta ação.

Alguns voluntários que participarem dessas formações compartilharam suas percepções sobre o projeto e as formações:  

“Essa formação é importante, porque tiramos um tempo para discutir o tema; Às vezes acreditamos que essa faixa etária de 0 á 6 anos não aprende nada. Quando na verdade eles absorvem muito os adultos e o mundo em torno deles.” (Danilo Conrado- Comunidade Santo Isidoro, Tefé/AM)

“Como definir a primeira infância? Acreditamos que é importante a criança ter contato com a leitura, pois é a base para a formação de caráter da criança, que desde a gravidez até o ambiente familiar, faz com que a criança receba uma bagagem emocional desse período de desenvolvimento.”  (Maria- Sobradinho, Barreirinhas/MA)

“Precisávamos saber desse conceito do que é a linguagem. Nós do Quilombo temos uma linguagem diferente de outras comunidades, falar dessa identidade é muito importante! Nossas crianças trazem isso muito forte, da localidade, da cultura.” (Professor Fernando Feitosa, São Pedro, Castanhal PA)

 

Execução do projeto na comunidade de Santo Isidoro, Tefé AM.

 

Mobiliário para a primeira infância na comunidade de Sobradinho, Barreirinhas MA.

 

Texto: Danila Guedes 

 

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