Ouvir e escrever histórias. Essa é uma forma de manter viva a memória, a cultura e a tradição de um lugar. A oralidade se transforma em escrita, e assim vai ganhando forma através dos livros artesanais. Em 2021, não foi possível realizar as oficinas para a produção desses livros presencialmente, mas ainda assim, de forma online, foram produzidos livros artesanais em três comunidades na Amazônia: São Francisco, em Santarém, no Pará, Manoelzinho, em Barreirinhas e Bom Viver, em Mirinzal, no Maranhão.
O curso foi dividido em 7 vídeos com o passo a passo da construção do livro artesanal, considerando: rodas de histórias, escrita, ilustração e editoração do livro. Este curso é fruto de anos de trabalho de campo da Vaga Lume e a construção da metodologia de livro artesanal dentro do pilar de Cultura Local. A inovação contou com a colaboração de 6 convidados especiais, para compartilhar suas pesquisas, vivências e conhecimentos.
Na comunidade de Bom Viver foram produzidos os livros: A parteira Pedrolina; Bom Viver; Sobre o rio de Bom Viver.
Em São Francisco: Cavalo Marinho; História de São Francisco; O Jurupari e o caçador
E em Manoelzinho: A menina e a cobra; A ilha misteriosa; Memórias de Domingos Jovina
Gracilene Costa, voluntária na comunidade de Bom Viver, contou um pouco como foi essa experiência.
“A produção de livros artesanais veio acrescentar e fortalecer o vínculo entre moradores, voluntários e biblioteca. “Toda história começa com uma memória” (Alehambra), quão agraciados fomos em registrar e ter essas memórias tão viva através dos guardiões da nossa comunidade, memórias essas contidas nos livros : Bom Viver, a Parteira Pedrolina e Rio Bom Viver que por ventura conhecíamos pela metade, e por meio desse registro, as futuras gerações vão ter acesso à essas histórias. Participar da produção foi um aprendizado extraordinário, que me trouxe ainda mais conexão com a biblioteca”. Gracilene Costa Pereira
Voluntárias da comunidade de Bom Viver, reunidas durante a oficina de produção de livros artesanais.